Robin Hood do século XXI

Parece que o governo do Sr Luiz Inácio decidiu protagonizar uma nova leitura (como gostam de dizer os críticos de arte) de um clássico da literatura.

Há algunas anos, sua equipe econômica vem promovendo reajustes diferenciados entre o piso e os demais níveis da escala de aposentadorias do Regime Geral da Previdência Social - RGPS. Agora, saindo do forno, surge um reajuste de 5,92% para os que recebem acima do piso. 5,92% contra 12,05% é bastante discrepante, não?! (é claro que isto não vale para o funcionalismo público, por questões óbvias, não?!)

É notório que a situação calamitosa de quem está na base deve ser tratada com muita atenção e carinho, mas... Crucificar aqueles que deram seu suor em pról deste País, ao longo de vários e vários anos, não é nada honroso, convenhamos! Parece que nossos doutos economistas de esquerda se esquecem que, principalmente no topo da escala, estão os professores universitários, os pesquisadores, os engenheiros, os economistas, os agrônomos, os altos dirigentes de instituições privadas estratégicas, e todos aqueles outros mais que, de uma maneira ou de outra, com uma excelente formação acadêmica, um curriculum vitae de causar inveja, deram todo o seu suor para fazer este País chegar aonde chegou, saindo de onde saiu...

Se estes importantes atores citados, anônimos, ignorados, não possuírem um excelente plano de previdência complementar, estão fadados a não conseguir cumprir com suas obrigações financeiras ao final de suas carreiras (conheço inúmeros casos com esta característica). Até mesmo, porquê, mesmo havendo um teto de benefício - hoje, com o reajuste, no valor de R$ 3.218,90 -, não existe um caso sequer de ex-contribuintes que percebam este valor.

A continuar desta maneria, daqui a pouco não mais se falará em Salário Mínimo. Será chamado como? Apenas, Salário? Salário-Benefício? Salário-Aposentadoria?

Justiça social, sim! Atitudes robinhoodianas, NUNCA!!!

Senso+Crítico