sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Do contra...

Daqui a pouco, quando este blog estiver bombando (é pretensão demais, não?! - risos), chegarão os pseudo-observadores-críticos de plantão, e dirão que minha posição é ser 'do contra' em relação ao PT.

Às vezes, e muitas vezes, o que digo chega ao limiar desta tênue linha. Mas meu problema com os petistas é outro: é a total perda de caráter a que eles se submeteram, assim que conquistaram o poder, que tanto almejavam. Para quem bradou durante muitos e muitos anos, aos quatro cantos, que sua principal cartilha tinha como motes principais a ética e a moralidade, rasgá-la em seu primeiro dia no poder maior de nossa República é, no mínimo, extremamente paradoxal. Para eles, parece, efetivamente, que os fins justificam os meios.

Mas, voltemos ao tema que era o foco deste post... Mesmo sendo 'do contra', e não concordando com inúmeros atos e atitudes do governo e do partido que se encontram no poder no momento, tenho que dar o braço a torcer, e reconhecer que algumas ações do presidente Lula têm sido extremamente louváveis e necessárias: o estímulo à economia interna (que já veio tardiamente); a obrigatoriedade dos bancos públicos em oferecerem taxas mais decentes a seu público-alvo (banco público não tem que ser banco comercial tão simplesmente, concorrendo com os demais bancos da iniciativa privada; banco público tem que ter como foco principal o fomento, o incentivo à produção e à distribuição de renda); a criação de novas alíquotas para o IR (a classe média já merecia uma ação a seu favor, há muito tempo - tudo o que se via eram ações em pról das classes C, D e E; e, para quem tentar forçar um pouco a memória, o mesmo candidato a presidente, Sr Lula da Silva, nas eleições de 1998 ou de 2000 - não me lembro bem agora, já apresentava proposta de uma tabela progressiva de alíquotas do IR, e não a vergonhosa tabela de 2 alíquotas, com a qual convivemos durante muito tempo; a nova tabela já veio tarde, muito tarde - está atrasada desde 2004); a obrigatoriedade para os que são beneficiários do Bolsa-Família em participarem de programas de capacitação, fornecidos por empresas privadas, principalmente do ramo da construção civil (isto gera: independência da mão do Estado, fortalecimento da economia local, redução da migração populacional interna - principalmente, da população masculina, dentre outros); aumento da linha de crédito para empreendedores; dentro de uma linha keynesiana, o estímulo ao gasto público consciente - principalmente em investimentos, com corte em custeio - como elemento propulsor da economia interna; dentre algumas outras ações que eu poderia continuar elencando por aqui.

Nada como uma boa crise, para fazer com que o Governo se mexesse um pouco, e tomasse atitudes que já estavam atrasadas há muito tempo.

Parabéns, Sr. Luis Inácio! Na hora de aplaudir, vamos aplaudir!!! Mas falta mais... Muito mais!!! Quantas crises mais teremos que esperar???


Senso+Crítico

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